* foto extraída da internet
Desde o ano passado – quando matriculamos nossos filhos nessa Instituição – preocupou-nos o fato de serem oferecidos alimentos não saudáveis aos alunos, por ocasião de eventos comemorativos.
Em
algumas oportunidades, conseguimos obter, junto às professoras, a supressão de
guloseimas ou sua substituição por alimentos saudáveis. Contudo, sensíveis à importância
da inserção de bons hábitos alimentares para a saúde de nossos filhos e das
crianças de modo geral, entendemos necessário que a escola institucionalize uma
política de alimentação saudável, a começar pelos alimentos disponibilizados nas
comemorações promovidas no ambiente escolar.
A
adoção do tema “SAÚDE”, na Campanha da Fraternidade deste ano, seria uma grande
oportunidade para se introduzir essa política, visando ensinar, de maneira mais
efetiva às crianças, a importância de bons hábitos alimentares e atividades
físicas para a prevenção de doenças.
Já
foi provado que, muitas vezes, são as crianças que conseguem melhorar os
hábitos dos seus pais, com aquilo que aprendem na escola. Sabe-se de casos em
que eles pararam de fumar ou passaram a adotar atitudes mais educadas, como por
exemplo, não jogar lixo pela janela do carro.
Contribuindo
para o desenvolvimento saudável das crianças temos maior garantia de um futuro
melhor para todos.
Ao
contrário, é extremamente difícil para os pais preocupados em inserir bons
hábitos alimentares aos seus filhos, quando a escola não fortalece esse incentivo
ou, pior, quando oferece, em eventos comemorativos, pirulitos, balas,
chocolates, jujubas, pipocas doces, sorvetes industrializados e outras
guloseimas. Como explicar e se fazer entender pelos pequenos, que alimentos que
dizemos, em casa, causarem cáries, baixa imunidade, obesidade e outros males,
são aqueles oferecidos na escola?
Pais
e escola devem ser parceiros na responsabilidade por uma boa formação, e isso
inclui, também, responsabilidade na alimentação, principalmente quando as
crianças ficam em período integral na escola. Mesmo quando essa parceria fica
prejudicada pelo comportamento de alguns pais, que não demonstram interesse
sobre o que os filhos fazem ou comem na escola, ela deve fazer a sua parte.A todo instante especialistas alertam sobre os malefícios causados pelo consumo excessivo de alimentos industrializados, carregados de conservantes, açúcares, sódio, gorduras diversas e até componentes cancerígenos. Mesmo aqueles que alardeiam serem livres de ‘gordura trans’ têm grandes quantidades de outros tipos de gorduras.
Infelizmente, hoje é muito comum ver crianças com problemas de obesidade, diabetes, pressão alta (devido ao consumo excessivo de sódio) e com índices de colesterol “ruim” (LDL) bastante altos para a idade.
É preciso repensar valores e ter a consciência de que pequenos maus hábitos levam a grandes problemas no futuro.
A obesidade é hoje considerada um problema de saúde pública. Foi divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde, a partir de um levantamento realizado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, que uma em cada três crianças entre 5 e 10 anos está acima do peso no Distrito Federal. Os dados noticiados colocam a capital federal em primeiro lugar no ranking nacional.
Como
deve ser do conhecimento dessa Direção, tramita no Congresso Nacional um
projeto de lei que proíbe as escolas públicas e particulares de venderem ou
oferecerem guloseimas, refrigerantes e outros alimentos não considerados
saudáveis.
Mas,
para que esperar pela sempre demorada tramitação e aprovação de uma lei?
Podemos nos antecipar e proporcionar já aos estudantes de hoje uma formação
melhor, mais saudável e mais feliz e, com certeza, nossa escola sairá
na frente, associando a sua marca a um diferencial que se estende para toda
vida.
Nesse
contexto é que tomamos a liberdade de sugerir a adoção de uma política de
alimentação adequada, cujo ponto de partida poderá ser a determinação de que,
nas festas e comemorações, sejam oferecidos apenas alimentos saudáveis, tais
como sucos naturais, frutas, bolos simples, salgados assados, vegetais como
milho, batata doce, etc; de modo que as crianças possam associar estes
alimentos ao prazer e à diversão, não aqueles outros tradicionalmente
prazerosos, porém nocivos.
Estamos
certos de que os pais querem sempre o melhor para seus filhos e com certeza
apoiarão esta atitude por parte da escola, para formar pessoas saudáveis e mais
felizes."
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